20 de abr. de 2011

Sabe o que é?

   Há mais de um mês eu já não posto nada por aqui. Agora eu tenho um Tumblr, mas já que ninguém visita este meu blog, de que adiantaria uma propaganda aqui?
   Há aproximadamente três semanas eu caí em mim. Eu tinha a concepção de que tudo o que eu havia vivido foi realmente muito bom, mas não fora. Agora as pessoas botaram as asinhas de fora, e fazem traquinagens por aí, vivendo libertinamente.
   Eu reconheço que não sou forte, não tenho garra o suficiente para suportar toda a carga que a vida tem me oferecido. É o stress da escola, do futuro, da família, da doença. É o stress que eu carrego toda maldita noite nessa cama. É o medo que sinto em cada vulto alucinante que vejo passando por entre as trevas da casa. É a dor de cabeça que me leva à loucura quase todos os dias, me fazendo um viciado em remédios cada vez mais fortes.
   Não seria clichê demais dizer que o que eu passo é normal, é 'adolescente'? Não tenho a empatia de perceber que o próximo muitas vezes pode estar numa posição pior que a minha. Não sou insensível, mas não posso me comprometer com os outros, sendo que não resolvo meus próprios problemas. Não há meios para isso, não há quem possa me ajudar, embora muitos tentem me dizer o que fazer.
   Hoje em dia as pessoas não sabem como ajudar. Não são preparadas para isso. Não são os meus remédios que vão me curar, mas a cura deveria vir de dentro. Infelizmente o meio externo é venenoso para mim. Não há como lidar com todas estas dúvidas e frustrações sem me machucar por dentro e por fora.
   Eu queria ser um médico. Um médico que não fosse famoso pelo seu salário, mas pelas dezenas de vidas que ajudaria a salvar. Eu queria fazer a diferença. Queria me destacar, pelo menos uma vez. Lágrimas. Mal posso me ajudar, o que eu faria com a vida alheia?
   Eu me engano de novo e de novo e de novo e de novo. Perdi a essência, perdi a felicidade. Só restou um coração podre, mas que ainda bate. Sou corpo, mas minh'alma já se foi.

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