31 de dez. de 2010

Em 2011:

   Pensar que o ano está acabando e que outro está por vir deixa todo mundo com altas expectativas de mudanças, e novas promessas vêm. Os pedidos de final de ano, os desejos, os novos sonhos. A mentalidade é sempre de ano novo, tudo novo.
   Mas que diferença fez, se olharmos em âmbito espacial? Nenhuma mesmo. A Terra passou mais uma vez por onde já passou zilhões de vezes antes. Não é necessário uma virada de ano para você ter novas esperanças, novos desejos e fazer outras promessas (que cá entre nós, quase nunca são cumpridas). Isso pode acontecer a qualquer momento, e tem de vir de você mesmo. Tão simples, tão fácil. É ter iniciativa, dizer "eu sou a minha força, o meu destino depende só de mim".
   Então ao invés de pedir um namorado novo, melhores notas, o melhor mesmo é pedir capacidade e força para seguir em frente, não importa o que aconteça. Peça para ter imaginação e inteligência para calcular o próximo passo, e criar as condições necessárias para o sucesso. Nenhuma trilha é perfeita, mas deve ter uma que te leva aonde você quer. E claro, as estradas da vida são propositalmente esburacadas, para você levar uns tombos, mas ficar mais esperto e atento da próxima vez.
   Um desses tombos pode te tirar tudo, mas não pode tirar a sua força para voltar a trilhar o caminho para o sucesso. Afinal, nenhum buraco é tão fundo, que não possa ser escalado. Aí mude o seu ponto de vista, reinvente-se, renove-se e aí tenho certeza que 2011 será um bom ano para você.

   Os melhores votos, de mim.

19 de dez. de 2010

Brilha, brilha Estrelinha:

   03:59 da manhã. Acabei de me despedir, embora não vá dormir tão cedo. Me distraio brincando com a janela. Procuro a Lua. "Cadê?", pergunto. Não a encontro. O céu visível da minha janela é muito breve. Há umas nuvens que pioram ainda mais a minha pobre visão. Mas eu vejo, bem focada, uma pequenina estrela.
   Hoje era pra ser um grande dia. Ah, um belo dia. Que diabos estou fazendo acordado? Lembro-me daqueles belos dias, um em especial. Nunca havia sentido tamanho medo, tanta insegurança. Entretanto, toda aquela agonia havia se transformado em felicidade no pôr-do-Sol. Sorria. Estou sorrindo.
   Voltei a encarar a estrela. Imagino quantos quilômetros nos separam. "Bilhões, trilhões? Não faço a menor ideia", penso. Mas tenho a plena certeza que se amanhã nesse horário o céu estiver limpo, ela estará bem ali novamente, só para eu encará-la.
   Recordo-me, porém da previsão: nuvens escassas. Temo que uma delas atrapalhe nosso encontro amanhã. É, o tempo fechou. Percebo que a cada minuto que passa, crio um laço maior de afeto com essa brilhante estrelinha. Sinto medo de que amanhã ela se perca no meio de tantas outras estrelas neste imenso céu. Faço um pedido. Um pedido à ela.
   O tempo anda mesmo meio nublado entre mim e essa pequena estrela. Há noites lindas sob o mais belo luar. Dias esses que jamais vou me esquecer. Dias em que eu pude contar com o mais belo amor. Conto a essa minha companheira como foram esses momentos, na esperança que ela se sensibilizasse com a causa e realmente me ajudasse. Talvez naqueles eventos ela estivesse presente também, distante lá no céu.
   Apesar disto, sinto que não quero reviver aqueles belos dias. Na verdade, eu quero novos dias como aqueles. Sei que não os terei tão cedo, ou posso nunca tê-los novamente. A previsão de nuvens deve estar certa. Mas em certa noite, os ventos têm que soprá-las para bem longe daqui e eu poderei contemplar minha Estrela novamente.
   Eu te amo, Estrelinha.





   (Grande metáfora vivida hoje de madrugada)

17 de dez. de 2010

Pessoal:

   O blog tem tomado contornos de diário, com pitadas de livros de auto-ajuda. Não era esse o meu objetivo, mas escrever aqui tenta mostrar o que eu realmente estou sentindo.
   Eu desejo, mas sei que não devo. Não posso, não é a hora. Me desanima saber disso. Saber que a liberdade dói muito para mim, me deixa confuso e triste. Os erros do passado me deixam triste, e não sei se já consegui superá-los. Não, definitivamente, não consegui.
   Eu sozinho não vou mudar o mundo. Não vou mesmo, como disse minha mãe. Isso me deixa triste, pois sempre fui feliz tentando deixar os outros felizes. Hoje, já não sei se consigo isso. Acho que trago apenas tristeza, ou seja, perdi o meu brilho, como disse alguém.
   Já me entupo de remédios, até ficar tonto. Troquei o dia pela noite, não tenho comido. Não tenho feito nada. Absolutamente nada. Já nem me importo com a minha saúde. Auto-estima? Perdi. No momento eu estou tonto. Não gostaria de estar assim.
   Queria que os esses dias fossem esquecidos. Queria que pessoas e suas ações fossem esquecidas. Queria que eu fosse esquecido. Queria ser apagado. Sim, apagado.

8 de dez. de 2010

Tentar ser feliz:

   "Everybody wants to be happy. Nobody wants to be in pain. But you can't have a rainbow without any rain." Essa frase tá no meu twitter, já faz um belo tempo. O ser humano tem uma grande capacidade de se recompor, uma ótima qualidade pra quem busca crescer.
   Ambição vem dos objetivos, das metas, dos desejos e sonhos. Isso é o que move grande parte das pessoas. É o que me move. Durante muito tempo, a minha ambição foi fazer alguém feliz. Era simples: eu me sentia feliz ao fazer alguém feliz. Modéstia a parte, eu até que estava conseguindo (na minha cabeça pelo menos), mas não foi assim que as coisas rumaram. E depois que você vê que seus sonhos e metas se tornam impossíveis, incompletos, bate um vazio. Um vazio profundo, afinal aquilo que te movia, acabou.
   Tá, o combustível acabou. E aí, o que fazer? É aí que fica o X da questão. A inércia diz que todo corpo que está imóvel, tende a ficar imóvel, até que uma força externa haja sobre ele. Complicado? Não. Se você está parado, você precisa de um estímulo para voltar a andar.
   Eu andei lendo... um livro sobre o acaso, como ele afeta nossas vidas. Acredite, TUDO é acaso. Você deve participar. Participar dos eventos, dos grandes eventos. Não estou falando de festas, mas sim de empreitadas a favor da humanindade. Esses grandes trabalhos são nada mais do que esforços para seus objetivos, nada mais do que uma grande ambição.
    Como diria Alan Harper: "Eu preciso de um objetivo, assim como um burro precisa correr atrás de uma cenoura para ser feliz. Senão, eu não tenho razões para viver". Agora que vi minhas ambições ruírem, pelo menos momentaneamente, preciso encontrar algo para viver. Algo novo para sonhar, para conquistar.

1 de dez. de 2010

É Difícil:

   De novo, 99% de vocês não sabe o que tá acontecendo. O motivo, é o mesmo do post anterior.

   Não é que seja impossível, mas é muito complicado. É como estar suspenso por um barbante, a uma altura fatal. Não sofrer com o que acontece, é sim, impossível. Agora mesmo falava com meu amigo sobre as emoções. Ele disse que homem não chora. Ah, mas chora. Eu choro, porra! E como choro.
   Deixar as emoções me levarem talvez tenha sido o maior erro que cometi, mas agora, é inevitável. Pensar no pior não é proposital, mas se cegar com as esperanças sobre algo que por erros se tornam desgastantes, é certeza de mais sofrimento posterior. Eu queria tudo como antes, tudo como sempre foi: belo e gostoso. Hoje, já percebo que pode até ser assim, mas não da mesma forma, com todas as mesmas características de antigamente...
   E no post anterior, mesmo disse: por que? O porquê talvez ninguém nunca saiba. Ninguém tem culpa dos seus pensamentos, ninguém pretende sofrer no futuro. As pessoas querem ser felizes. Eu só queria que eu fosse feliz como antes. Agora eu não consigo mais ver o lado bom de nada. Ver somente a face eternamente negra da Lua me deixa depressivo, nervoso e ansioso, esperando por algo melhor, esperando que algo mude, que voltasse como era antes. Mas vejo que isso é muito, muito difícil e talvez nem seja certo.
    Nunca desejei sofrer, por nada. O que eu sempre quis, foi ser feliz. E o 1% que vai ler isso, sabe como.